30 outubro 2012

O mundo contém tu
Meu mundo 
Ora azul
Ora vermelho
Ora lilás
Meu espelho te contém
Fugaz
E na cama me conténs
Voraz

A retina espelhada tua
É um dilúvio para os problemas meus
Ora dilemas
Ora certezas
Que pena
Azar é meu
Se não for tua imagem retorcida espalhada no breu
O motivo 
Das hordas de neurônios contrariados
Em vão, a almejar-te nua
Pura, em teu suor
Fruta carnuda, 
Que minha espera se resuma
Em teu enlace 
Em pernas úmidas
Únicas
Lúbricas
Súditas, tuas!






01 setembro 2012

Múltiplos vezes zero


Hoje o orgasmo  é o ego
Sextavado e cego, no passado
Hoje o orgasmo tem usado
De pouca bagagem 
Deliberada malandragem
Da estratégia política
De garantir uníssona
A gritaria legítima
E viciosa 
De uns poucos segundos

Ao contrário do que esperava
Numa atitude não tão bela
Içada a calçinha dela
Reposto o desgosto de não ter chegado
No início, do prazer finito
Da última gota escrota
Produzida em vão
O orgasmo não existiu, então.



04 setembro 2009

Morte!


Saudo, a saúde da morte
Em vão desafia
Descontínuo da sorte
Sua vã filosofia
Enganar, a persuasão e o corte
O homem se esguia
Decadente, em seu norte
Saudo, e a saúde esfria
Correlato, em grande porte
E o estivador assim guia
Um aperto tão forte
Que me causa avaria
Sou a carga dos botes
Sou na paz, anarquia
Quem te dera ter tudo, sem reservas para a morte....
Quem me dera ter sexo, quem me dera ser sexo..... Ser puro e nefasto, obrigatório quesito
Causar prazer, dor, e medo... furor da alma!
Para uns... o sebo da paixão,,, para outros... moeda de pagão....

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15 outubro 2008

Segunda primeira vez


A língua encontra o lábio, encontra a outra,
Encontra o céu

O céu se fecha, embaixo se abre,

(Os suores se unem)

A boca encontra-se aberta, abocanha o membro, que encontra a dádiva (Ostento-me trêmulo)
As maçãs levam dentadas constantes, os dentes encontram o limite,
A dor encontra o prazer

As portas do paraíso abertas,
A chave-mestra desliza úmida
(diamantes não comprariam isto!)
No enlace, a sinfonia começa
Sincronia acelerada
uivante, no rompante da miséria, o erro
Desalento encontra a razão, e retirado o membro, a explosão!

Quantos mil erros doces como este pode-se cometer sem ser injuriado? raros
Podia parar naquele minuto ardente? Nunca, ou isso não existiria!
O sumiço descomunal do senso deu lugar ao ímpeto, graças ao pecado!

04 outubro 2008

Só faltava isso ser sintético...

Qual é a sua arte?

Minha arte
nua
Segue frenética
Minha arte
crua
Cozinha sintética
nesta lástima e última tentativa

Segue inóspito

Segue a seta
rumo a meta

Segue o orgasmo
rumo ao marasmo

Seguimos no invólucro, e pálidos
Sequência involuntária
Não!

Pendure-o, Erga-o, estique-o, use-o, alargue-a, umedeça-a, mas não se desvencilhe deles!


27 julho 2006



Miofibrilas

Coxas lisas e grossas
Cor de tamarindo
Enlaçadas comprimindo
Emergindo a lua nossa

Coxas lisas a suar
Mergulhado em teus líquidos
Sou teu sal, tu és mar
Meu oceano tenro e lívido
A deriva pra te amar

Coxas roxas a ferver
Flambadas
E eu... intruso
Precipito-me ao teu fundo
Vou ferindo-te protuso
Encharcando o teu ser

Coxas firmes a coibir
De controle nada remoto
Sou permitido a possuir
Por estar envolto de ti
Sísmico em teus terremotos
Faço-me teu anexo
Enquanto assa-me em teu sexo

Coxas trêmulas e bambas
Por apoteose de artifícios
Miofibrilas em samba
Epiderme recheada de indícios
Exauridas por seus ácidos
Doloridas pelo lático
Desoxigenadas e depletadas
Mas coxas saciadas!

25 julho 2006




Topas?
O que muito me feta
É que pouco tenho a falar
Muito tempo pra discordar
Pouca voz pra argumentar
Toda vontade de ter a oportunidade
Toda loucura pra deixá-la passar...
Toda vergonha de dizer um "ai"
E nenhum pudor de propor
Para gozarmos juntos....
Topas?

23 julho 2006

SILENCIUS SENSUALIS

Sensualidade me enlouquece
Meu fervor ebuli
Extravaza minha pele
Entupido de hormônios
Encantado de axônios
Ligações químicas
De vulcânicas e lombares sensações
Que me dominam...
Ah... benditas curvas
Em que atropelo meu amor!

18 julho 2006

Ao Teu Prazer

Ainda que eu esteja
Fascinado...
E algo mais pela cereja
Sabes ainda hora certa
De me ter uva
Nesta colheita tardia
E me enches em cesta
Pra te esbaldar vadia
Sem chances
De ser apenas só mais uma!
Em Suma
Queres me sumo
E me usas rumo
Ao teu prazer...

Desvirginar em 4 passos
Primeiro gozo
Primeira prece
O corpo grita
A alma agradece
Segundo ela
Segundos inesquecíveis
Sequelas maravilhosas
E pudores desprezíveis
Terceirizado o amor
Três em um é ilusão
Apenas sexo e amizade
Genital meu coração
Quarto escuro me pedes
De quatro e acesa te ponho
Faceira por léguas te deixo
E disso não me envergonho!

14 julho 2006

Calvus Solaris (parte 1)


Céu de careca
Nuvens, pesadelo
Não cobrem o careca de pêlos
Ensolação que desfaz seu sonho
Chuva que lhe molha com desvelo...

12 julho 2006


A Paixão é como leite com café. Une o necessário com o desnecessário.